Antigamente os pesquisadores apontavam que o uso de flúor beneficiava apenas as crianças com os dentes em formação, porém esta afirmação caiu por terra, recentemente pesquisas e estudos apontam que todos nos beneficiamos com o uso de flúor, tanto os adultos como as crianças e adolescentes, a utilização e emprego do flúor na água de abastecimento público em todo o Brasil, via sistêmica (entra pela corrente circulatória), bem como a aplicação de flúor tópicos, presente nas pastas dentais, enxaguatórios bucais, ou aplicados diretamente no consultório em maior concentração pelo dentista, contribui sobremaneira para a diminuição das cáries dentarias em jovens e adultos além de contribuir para reduzir os casos de sensibilidade dentinária, queixa comum em adultos ou pessoas com maior faixa etária.
Muitas pessoas não utilizam a água de abastecimento público, em filtros caseiros, para beber diariamente, beneficiando-se de outros recursos hídricos, ou fontes naturais de água ou comprada comercialmente, convém nesses casos buscar informações complementares dos órgãos fornecedores se as mesmas de fontes ou comerciais possuem na sua composição a adição do elemento flúor.
A adição do flúor nas pastas dentais, obrigatório nos dias de hoje, sem dúvida trouxeram uma contribuição importante para a redução no numero de cáries, comprovadamente em cerca de 65%, porém não podemos nos esquecer que existem outros fatores que necessitam de uma ajuda profissional (dentista), para ser solucionado, apontamos aqui os casos dos aparelhos ortodônticos, que acumulam alimentos no seu interior, nesses casos a orientação para uma higiene mais eficaz auxiliado pelo dentista torna-se importante, o uso das bandas ortodônticas por longo tempo prejudicam o esmalte dental, provocando erosões na sua superfície, a complementação de flúor também está apontado para esses casos, não podemos destacar que o uso indiscriminado do flúor também são responsáveis pelas chamadas fluoroses, manchas no esmalte, que prejudicam a estética quando não apontamos outras causas sistêmicas, que as autoridades públicas devem exercer controle sanitário e ações de vigilância que permitam seu máximo benefício sem os efeitos indesejáveis.
A fluorose dentária origina-se da exposição dos germes dentários, durante a sua fase de formação na criança, a altas concentrações de íons flúor, promovendo defeitos na sua mineralização, com o aparecimento de manchas opacas, amareladas e acastanhadas na superfície do esmalte.
Nesse sentido a doença é mais freqüente nos dentes em processo de mineralização, ou seja na primeira e segunda infância, crianças com baixo peso, com problemas renais, crianças consideradas de maior risco a ingestão descontrolada de flúor sistêmico distribuído na água de abastecimento público sem qualquer controle sanitário.
Sem dúvida alguma não podemos deixar de apontar que a partir da utilização do flúor de forma consciente, equilibrada e responsável, na água distribuída a população, o seu uso nos cremes dentais e aplicação nos consultórios dentários, foi fundamental para melhorar as condições de saúde bucal da população e reduzir consideravelmente o aparecimento da cárie dentaria e perda dos dentes.